O balancete é um daqueles documentos que muita gente associa apenas à contabilidade “obrigatória”. Um ficheiro técnico, cheio de contas e códigos, que se entrega ao contabilista e pouco mais. Mas e se lhe dissermos que, bem interpretado, o balancete pode ser uma ferramenta essencial para tomar decisões?Neste artigo, explicamos o que realmente importa num balancete — sem jargão, sem complicações.
O que é, afinal, um balancete?
De forma simples, o balancete é um mapa com os saldos de todas as contas da empresa, organizadas por categorias (ativos, passivos, capitais próprios, rendimentos e gastos). Funciona como uma fotografia do estado financeiro da empresa num determinado momento.
É com base nele que se constroem outros documentos mais familiares, como o balanço e a demonstração de resultados.
Porque deve prestar atenção ao balancete?
Porque ele mostra o que está a acontecer — não em teoria, mas na prática. Um balancete atualizado e bem analisado permite perceber:
- Como está a saúde financeira da empresa
- Se há contas com saldos incoerentes ou a precisar de correção
- Se os custos estão a aumentar de forma inesperada
- Se há clientes que ainda não pagaram
- Se o negócio está (ou não) a gerar lucro
Em vez de esperar pelo final do ano para saber “como correu”, o balancete permite ter esta visão em tempo real — todos os meses.
Onde deve mesmo focar a sua atenção?
Se não tem tempo (ou vontade) para analisar tudo, aqui ficam os pontos-chave que valem mesmo a pena:
- Clientes e fornecedores: verifique os saldos das contas correntes. Há faturas por cobrar ou por pagar há demasiado tempo?
- Caixa e bancos: o saldo faz sentido com o que vê na conta? Há discrepâncias?
- Contas de gastos: quais são as maiores despesas do mês? Estão dentro do previsto?
- Resultados acumulados: o negócio está a gerar lucro ou prejuízo? E como está face aos meses anteriores?
Com o apoio certo, esta análise pode ser feita em poucos minutos — e evitar decisões erradas ou atrasadas.
O que torna um balancete útil (ou inútil)?
Um balancete só é útil se for:
- Claro: com contas organizadas e saldos corretos
- Atualizado: um balancete com meses de atraso não serve para decidir
- Contextualizado: o ideal é que venha acompanhado de uma breve explicação do contabilista ou consultor — com alertas, tendências e pontos a melhorar
Na PJP, acreditamos que a contabilidade tem de ser uma ferramenta de gestão. É por isso que os nossos clientes recebem balancetes explicados, com dados úteis e sugestões práticas. Não é só cumprir obrigações — é apoiar decisões.
Em resumo:
Um balancete não serve só para cumprir prazos fiscais. É uma peça fundamental para quem quer gerir com clareza, antecipar problemas e tomar decisões informadas.
Se nunca lhe deram tempo ou espaço para entender o balancete da sua empresa, talvez esteja na altura de mudar isso.
